25/04/2019

A incontinência urinária é definida por qualquer tipo de perda involuntária de urina. É mais comum entre mulheres, mas também pode afetar homens.

A doença costuma gerar constrangimento e vem acompanhada de redução da autoestima, do convívio social e declínio da qualidade de vida. Pode também ser uma barreira para a prática de atividades físicas, e consequentemente uma ameaça à saúde em geral.

Existem três tipos de incontinência urinária:

- Incontinência de esforço, em que ocorrem perdas urinárias ligadas ao aumento da pressão intra-abdominal como tosse, espirro ou exercícios físicos.

- Incontinência de urgência, quando a perda de urina ocorre no momento de um forte desejo de urinar.

- Incontinência mista, que tem esforço e urgência associados.

A as principais causas de incontinência urinária persistente são: gravidez, parto, envelhecimento, menopausa, aumento da próstata ou câncer de próstata, obstrução do trato urinário, distúrbios musculares ou nervosos, distúrbios neurológicos, tais como esclerose múltipla, doença de Parkinson, AVC, tumor cerebral ou uma lesão da coluna vertebral.

O tratamento da incontinência urinária depende do tipo de incontinência, da sua gravidade e da causa. Casos mais graves podem necessitar de cirurgia, por isso, é necessária avaliação e diagnóstico médico para eleger o melhor tratamento.

O tratamento fisioterapêutico convencional para a incontinência urinária se baseia no fortalecimento dos músculos que compõem o assoalho pélvico. O assoalho pélvico é uma estrutura formada por 13 músculos, fáscias e ligamentos que formam uma rede de sustentação e que está localizado entre o osso púbis e o cóccix (toda a região da bacia). Esse músculo faz a sustentação dos órgãos localizados na cavidade pélvica e são responsáveis pela continência urinária e fecal e pelo desempenho sexual.

O método Pilates é um aliado na prevenção e tratamento da incontinência urinária. Isso se deve ao fortalecimento do CORE (em inglês, centro) preconizado em todos os exercícios do método. O CORE é formado pelos músculos abdominais, músculos eretores da coluna, músculos flexores e extensores da coluna e pelos músculos do assoalho pélvico.

Os exercícios de Pilates envolvem a contração do CORE antes de iniciar cada movimento, por isso, o assoalho pélvico é sempre recrutado e fortalecido.

A mudança de alguns hábitos pode ajudar a amenizar os inconvenientes, como:

- Controlar a ingestão excessiva de líquidos, principalmente à noite;

- Evitar alimentos diuréticos (melão, melancia, uvas, pêssego, beringela, couve-flor, cebola);

- Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, chás e café;

- Controlar o peso.

É importante salientar que a incontinência urinária não é algo inevitável na velhice. Uma vida ativa, evitando a obesidade e o sedentarismo, controlando o ganho de peso durante a gestação e praticando exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico, podem ser úteis na prevenção da incontinência urinária.

Jaqueline Sackser

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